Friday, July 22, 2005

Segurança

Quando a nossa segurança está ameaçada, então percebemos o que é viver sem liberdade. Hoje em Londres policias balearam um homem no metro por alegadas suspeitas de qualquer coisa. O medo de mais um ataque torna as autoridades mais sensíveis. Os terroristas conseguem os seus objectivos plenamente, criar no coração do mundo ocidental o medo que eles sentem todos os dias nas suas terras.
Obviamente que a violencia não se combate com violencia, mas enquanto usarmos a violencia como forma preventiva (sem que tenha havido violencia antes) então nunca dormiremos descansados.
Que a morte seja apenas uma passagem para outro nível, pois assim deixo-me de preocupar com a minha segurança e continuo a viver a minha vida.

Thursday, July 21, 2005

O porquê da saída

Uma visão:

Na entrevista ao DN que tanta tinta fez correr, Freitas do Amaral apontou um defeito ao governo em geral e ao primeiro-ministro em particular: a ausência de uma estratégia de comunicação adequada para explicar ao país a necessidade das medidas restritivas.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros acertou numa parte da sua análise - a dificuldade em explicar -, mas errou redondamente no mais importante: o que os portugueses precisam, realmente, ver explicado.

Os reformados, os trabalhadores, os pequenos empresários podem queixar-se - com razão - que são sempre os mesmos a pagar as favas. Mas não precisam que lhes expliquem - porque são os primeiros a senti-lo - que o país está em crise e que só um valente apertar de cinto nos pode salvar.

O que os portugueses não conseguem compreender é que, a par das medidas de austeridade, se lancem obras faraónicas, de utilidade e rentabilidade difíceis de projectar. É como se um chefe de família a viver do subsídio de desemprego decidisse começar agora a construir uma casa maior, porque daqui a meia dúzia de anos poderá ter mais um filho ou dois…

É esta a (aparente?) contradição que os portugueses precisavam ver explicada. E (aparentemente) têm agora essa explicação. Não directamente, através de uma cuidada acção pedagógica do governo, mas indirectamente, através da saída de Campos e Cunha do governo. A conclusão é fácil: o lançamento de obras faraónicas não faz qualquer sentido para o país, na actual conjuntura - e terá sido esse o cavalo da batalha perdida pelo independente Campos e Cunha, o que o terá levado a abandonar o Governo. Do outro lado da barricada, estavam os que não conseguem pensar no país sem pensar no partido, que precisa de grandes obras para ganhar votos e garantir financiamentos.

Claro que a dependência dos chamados "partidos de poder" das grandes obras públicas não pode ser explicada por nenhum governo do mundo, porque é vergonhosa e envolve aspectos de legalidade duvidosa. Mas ao povo, que não é estúpido e lhe deu uma confortável maioria absoluta, José Sócrates tem agora a obrigação de explicar outras coisas: que o rumo é traçado pelo governo, e não pelo partido; que o seu governo representa mesmo, como ele conseguiu convencer os portugueses, um corte com a história recente da acção governativa em Portugal; que ele, José Sócrates, é mesmo o homem certo na hora certa e continua a merecer a confiança que a maioria dos portugueses nele depositou. Para isto, Sócrates precisa de muito mais que estratégias de comunicação. Precisa de coerência.

Paulo Camacho

www.sic.pt

Nunca digas nunca

Foram estas palavras de Freitas do Amaral quando o interrogaram (numa entrevista ao DN) acerca da sua disponibilidade para se candidatar à presidência da Republica. Contudo afirma não estar empenhada na corrida para o palácio de Belém.
Considera Cavaco Silva um candidato que pode trazer instabilidade governativa por ter pontos de vista demasiado diferentes do actual governo PS. Contudo não nega que o seu voto poderia ir para Manuel Alegre.
Marques Mendes respondeu-lhe acusando-o de estar mais preocupado com questões de presidência do que com os problemas do país.
Relativamente à política interna considera que o jogo da verdade é o mais importante. Sabe-se que é impossível saber se vai ser necessário subir os impostos, então não se deviam fazer promessas nesse sentido, afirma Freitas do Amaral. Contudo define a política é a arte de tornar aceitável aquilo que é necessário e de tornar evidente aquilo que é possível. Cita igualmente Xenofonte (filósofo grego) a política é a arte da persuasão que significa que quem quer ser seguido e apoiado tem que saber explicar as razões das suas decisões. Com esta argumentação afirma que o governo de Sócrates já explicou aos portugueses de forma clara as razões da sua decisão.
Considera-se um reformista. Ao conseguir novos acordos de cooperação com os EUA em várias áreas acredita dar um passo em direcção ao futuro, num país onde a corrupção é uma realidade (Portugal, em matéria de corrupção, não pode dar lições a nenhum outro país). Tais afirmações valeram-lhe várias criticas da oposição que o acusam de desacreditar o país que dirige.
Termina dizendo que se considera estruturalmente pró-americano, mas que conjunturalmente é antiguerra do Iraque.

Sunday, July 17, 2005

Aulas de Yoga

Caras amigas e amigos:

Como muitos de vocês sabem, um dia aqui atrasado, entrei por acaso numa sala de ginásio para fazer uma aula de yoga. Fui movido por pura curiosidade. Não sei explicar, mas essa curiosidade cresceu. Costumo dizer que sou praticante de yoga de por acaso, mas foi um acaso que mudou um bocado a minha concepção da forma como encaro o meu dia-a-dia. É normal achar que aquilo que nos traz alguns benefícios, possa de alguma forma beneficar outros. Por isso, e também por acidente, tornei-me professor de yoga (seja lá o que isso for). Tenho sentido um prazer enorme em transmitir a todos os que desejam aquilo que fui assimilando ao longo destes últimos anos.

Proporcionou-se então uma oportunidade concreta de o fazer de forma sustentada. Através da Associação Sorrir de Novo (www.sorrir.com), criei uma turma (ainda em fase embrionário e experimental) onde vos convido a experimentar uma aula (a primeira é gratuita).

Até ao final de Julho vou dar 2 aulas por semana, segundas e quintas às 19h30 no Rua Tristão da Cunha 20C, Restelo (ginásio Socorpus). È uma perpendicular à avenida da Torre de Belém.

Em Agosto são férias e tempo de reflexão e decisões. Assim em Setembro pretende-se arrancar com maior consistência.

Desta forma convido-vos a experimentar, porque o Yoga é isso mesmo, é o experienciar de sensações físicas, mentais e espirituais.

Com amor

Om Shanti
Nuno Oliveira
965192980

Wednesday, July 13, 2005

Low Cost Airlines

Pequena colecção de links para low cost airlines:

Monday, July 04, 2005

Só para bloggers

Que tipo de blogger és tu? Segue o link aqui.

Dúvida Existencial!

Com o Sócrates no Governo, o Barroso na Comissão Europeia e o Guterres no Alto Comissariado, nós fugimos para onde?!?!?!

Friday, July 01, 2005

A noite do Horóscopo

Tudo começou com mais um jantar meké! Mas afinal o que é um jantar meké? O jantar meké é um jantar onde se reúnem as membros do grupo meké, que deu origem a este blog omeke.blogspot.com. Contudo o que é o grupo meké? O grupo meké é um grupo de ex-alunos da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, vulgo FEUNL, que resolveram dar o nó de uma forma internética. Tudo começou quando um dos membros (do grupo meké, mas ainda antes de o ser) perguntou como é que ía ser o próximo jantar! Como é? Perguntou (via mail) contudo, por preguiça, hábito, consciente ou inconscientemente, escreveu: Meké? O uso desta abreviatura de Como é? muito comum nas esferas de Chat (banalizado pelo MSN Messenger) por forma a tornar a comunicação escrita mais rápida e eficiente, deu origem ao grupo meké. Todos responderam a este mail utilizando a mesma expressão. No seguinte jantar alguém continuou: Meké v02? Era o segundo jantar meké. A partir daqui já todos aceitaram esta designação. Daqui à criação de uma mailing list e depois um blog foram apenas alguns passos no sedimentar de uma amizade que já tem quase 10 anos.

Mas como iniciei este mail, tudo começou num jantar meké o 16 ou 17, não me recordo. Quando no final do jantar surgiu um interesse súbito pelo signos do zodíaco. Ninguém sabia ao certo qual era a ordem destes, mas após um esforço concertado lá conseguimos escrever sobre a típica toalha de papel, manchada de vinho e café, a tal ordenação. Já na rua e na posse desta lista decidimos encetar um estudo sociológico para saber qual seria o tipo de população que frequenta o Bairro Alto (local onde jantamos). Ficou decidido que nos cingíamos à população feminina (sem qualquer desprimor pela população masculina). Claro que o mekesiano Vitaliano insistia que era o Escorpião (o seu próprio signo) a tipologia mais abundante nas vielas do Bairro Alto. O membro Nuno queria acreditar que era o Caranguejo.

E tudo começou. Inquérito após inquérito, alguns mais prolongados que outros. Muitas meninas do Bairro Alto nessa noite foram altamente cooperantes. Todas extremamente simpáticas. Por isso um grande obrigado a todas as 78 participantes.

Os resultados foram os seguintes:

° Escorpião 10

° Gémeos 8

° Caranguejo 8

° Peixes 8

° Touro 7

° Sagitário 6

° Capricórnio 6

° Balança 6

° Leão 6

° Aquário 5

° Carneiro 5

° Virgem 3

Portanto o Escorpião acabou por vencer com uma ligeira vantagem, para regozijo do membro Vitaliano. Isto apenas pode significar que a população feminina que frequenta o Bairro Alto é bastante segura de si própria, ambiciosa e ao mesmo tempo distante. Isto sem querer discurar os sentimentais Caranguejos ou Peixes que ficaram num honroso 2º lugar ex-quo. A Análise destes resultados é bastante ligeira, mas deixarei isso para outra oportunidade. Fica apenas do registo de uma noite divertida e interessante. Até à próxima.