Monday, June 27, 2005

9 da Manhã de Segunda e 7 da Tarde de Sexta

Estes dois momentos são dos mais marcantes para uma aparentemente crescente quantidade de pessoas na vida activa. São momentos cuja lembrança, e obviamente vivência, despertam sentimentos antagónicos. O primeiro é o início de uma semana de tortura, stress, chatices, aborrecimentos, infelicidade por vezes! O segundo marca o culminar de tudo aquilo, actuando como bálsamo, uma vez que abre uma porta para um corredor temporal que é maioritariamente considerado efémero, fugaz, curto. Tento perceber porque é que isto acontece, perdoem-me a eventual imaturidade ou a incapacidade de contemplar todas as perspectivas, mas esta aversão ao trabalho dever-se-à a:

  1. Insatisfação com as funções desenvolvidas;
  2. Insatisfação com o perfil e comportamento das chefias;
  3. Mau ambiente de trabalho;
  4. Estagnação na carreira;
  5. Carga de trabalho excessiva de forma constante;
  6. Injustiças por trabalho não reconhecido;
  7. Injustiças por supostos favorecimentos a pessoas especiais;
  8. Pressão para além dos limites indivudalmente suportados;
  9. Insatisfação com a recompensa financeira recebida;
  10. ...

Convenhamos: esta lista será mais ou menos interminável, uma vez que estamos a falar de sentimentos desenvolvidos e sentidos por seres humanos, que por definição são indefiníveis com exactidão, existindo sempre margem para a existência de mais algum item a incluir nesta lista.

No entanto, se muita gente continua a ter esta atitude - e pelas estatísticas de psicólogos e psiquiatras, esse número é crescente devido a questões profissionais -, algo vai mal, diria bastante mal mesmo. Senão vejamos, a vida é limitada e toda gente procura "felicidade", as aspas são propositadas porque pretendo referir-me à satisfação dos gostos pessoais, e se continuamos com pessoas infelizes vejo três grandes motivos para tal:

  1. Atigem a sua satisfação pessoal com recurso a este aparente masoquismo e, apesar de se queixarem, no fundo apreciam estas vivência e não pretendem mudar;
  2. Não conseguem mudar a situação por: falta de preparação académica/ profissional; inexistência de posições desejadas; a economia estar na parte baixa da sinudoisal do ciclo; existirem constantemente favoristismos à incompetência promovidos por conhecimentos previlegiados; aproveitamento patronal de situações (semi-)desesperadas para conter custos; por não se estar no momento certo com a(s) pessoa(s) certa(s),...
  3. Conformismo e resignação!!


Muitas situações caem neste ponto 3, refiro-me a quem não está bem e pretende que a semana passe depressa, para se livrar rapidamente... Ilusão aparente, porque dois dias depois a saga recomeça! Portanto, a acção a tomar é uma de três (começa-se a perceber o misticismo e perfeição associado ao três):

  1. Reagir!
  2. Reagir!
  3. Reagir! Isto é, procurar mudar, o que não implica sair da empresa. Pode consistir em mudar de funções, de departamento, de condições, de chefe, por ex.. Sendo para isso necessário perder o medo de falar com as pessoas e apresentar/expor os seus problemas que muitas vezes poderão não ser conhecidos/apercebidos por quem tenha capacidade de poder realizar alguma mudança.. Não funcionando... pois nada como lembrar que há muito peixe no mar, pode apenas demorar algum tempo, mas não tentando nada se consegue! O mundo empresarial está cada vez mais dinâmico e conceito de emprego/empresa para a vida faz cada vez menos sentido e que eventuais regalias/benefícios "únicos" são facilmente cobertos por outros e que demonstra não serem assim tão únicos e como motivos para não mudança.

Transversalmente, é importante relembrar que passamos muito do nosso tempo de vida a trabalhar, mas que idealmente existe um mundo lá fora: família, amigos, actividades lúdicas e desportivas, individuais ou em grupo. A vida é genéricamente falando um balanceamento supostamente optimizado de várias peças. Estas peças variam de pessoa para pessoa, o que interessa é que cada um conheça quais são as importante para si e que se lembre que elas precisam de ser conquistadas, mantidas e precisam de evolução!

É importante que não se esteja em agústia e stress permanente o que leva à referida infelicidade, não só própria, mas também de quem rodeia cada um de nós e gosta e se preocupa com o bem-estar.

Queria apenas fazer uma última ressalva para que aqueles com horários diferentes do apresentado: mais curtos, mais longos, que trabalham durante a noite, por turnos ou mesmo ao fim de semana, que se vejam reflectidos nestas ideias que pensem no que estão a fazer.

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